Aumenta a preocupação com a queda do poder de compra e a recuperação do orçamento familiar na região Sudeste
Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a análise de especialistas que mostram otimismo com o crescimento da economia em 5%, mesmo faltando 4 meses para o final do ano, a opinião pública do Sudeste segue preocupada com a recuperação da economia, segundo pesquisa do Radar Febraban para a região.
Os dados revelam que 68% dos que vivem na região acreditam que a economia só vai se recuperar a partir de 2022. Em junho, esse percentual era praticamente o mesmo, 69%.
Porém, para 56%, o poder de compra vai encolher nos próximos seis meses. Em junho, essa avaliação era compartilhada por 50% das pessoas.
Essas são algumas das principais conclusões da nova pesquisa para a região Sudeste, realizada entre os dias 2 e 7 de setembro pelo IPESPE, que ouviu 3 mil pessoas, maiores de 18 anos, em todo o país. A pesquisa se soma ao Observatório FEBRABAN e à FEBRABAN News, criados em 2020, como instrumentos para estreitar o diálogo do setor bancário com os brasileiros, tornando-se polo de notícias, conteúdo e ponto de encontro de debate.
O número daqueles que aguardam a recuperação financeira da família apenas em 2022 aumentou de 51% (junho) para 55% (setembro). A parcela dos que achavam que essa situação iria melhorar ainda este ano diminuiu, de 23% em junho para os atuais 18%.
Um indicador que registrou elevação foi a expectativa sobre o aumento do desemprego (54% hoje, era de 52% em junho).
Aumentou também o número de entrevistados que acreditam num aumento da taxa de juros no próximo semestre: 80%, contra 72% verificados em junho.
A pesquisa mostra que 31% acreditam no aumento do acesso ao crédito para pessoas físicas e empresas.
CONTRIBUIÇÃO DOS BANCOS
Além da avaliação da economia e do consumo, o Radar Febraban verificou a opinião pública sobre a imagem dos bancos e sua cobertura pela imprensa. "A credibilidade no setor bancário alcançou os patamares mais elevados de opinião positiva desde o início da série histórica do estudo: confiança nos bancos; satisfação com o atendimento bancário; avaliação positiva da contribuição dos bancos para o desenvolvimento da economia, a ajuda ao país, à sociedade e aos clientes no enfrentamento da pandemia, a geração de empregos, e a melhora da qualidade de vida das pessoas", aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.
A confiança da região nos bancos é de 62%. A população considera positiva a contribuição dos bancos para o desenvolvimento da economia (66%), geração de empregos (52%), qualidade de vida (54%) e enfrentamento da crise do novo coronavírus (59%). A satisfação com o atendimento dos bancos alcança 72%.
Texto: Professor Antonio Lavareda - Presidente do Conselho Científico do Ipespe
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