Os professores da rede estadual de ensino, que continuam em greve, fizeram uma carreata em frente às escolas do Litoral Sul de São Paulo.
Teve buzinaço e também um carro de som que tocava músicas e servia para dar recados a quem ouvia curioso e aos endereçados.
"Ei professor! Nós somos farinhas do mesmo saco. Saia da sala e venha lutar com a gente", falava um professor quando estava em frente à E.E. DR. Francisco Pereira da Rocha, em Peruíbe/SP.
Segundo o apurado pela reportagem, a ideia da carreata é dizer que há greve sim, e contradizer o que diz Geraldo Alckimin, que fala que as aulas nas escolas paulistas estão normais, como se fosse possível aprender em um ambiente precário, super-lotado, onde falta quase tudo.
O professor de Sociologia, Diego de Esteban, que dá aula no Padre Vitalino e também no José Batista Campos, ambos em Peruíbe, disse que os problemas da educação devem extrapolar os muros da escola e chegar ao conhecimento de toda a população. "Mesmo com nossos salários cortados, ser educador e cidadão é muito mais que cumprir horários e preencher diários. É participar e se envolver nos problemas centrais de nossa comunidade. Queremos deixar claro que a greve não é somente por salário, é pela qualidade da educação que está muito aquém do que deve ser". falou.
Vale ressaltar que o governo de SP fechou mais de três mil salas de aula durante este ano, além de ter cortado verbas pontuais.
Somente em Peruíbe, foi cortado todo o período noturno da escola Carmen Miranda e também do Luiz Abel, fazendo com que centenas de alunos tenham que estudar longe de suas casas superlotando as outras escolas.
Praticamente ignorados pelo estado, que insiste em não enxergar a greve, as reivindicações dos professores continuam as mesmas: Aumento salarial de 75,33%, redução da jornada dentro da sala de aula e diminuição do número de estudantes por turma.
Ainda de acordo com o apurado, além da truculência do governo estadual, os professores grevistas ainda têm que enfrentar diretores, vice-diretores e coordenadores de algumas escolas, que tentam descaracterizar a greve, esquecendo-se que, antes de tudo, também são professores.
Ainda de acordo com o apurado, além da truculência do governo estadual, os professores grevistas ainda têm que enfrentar diretores, vice-diretores e coordenadores de algumas escolas, que tentam descaracterizar a greve, esquecendo-se que, antes de tudo, também são professores.
Texto: Márcio Ribeiro
Fotos: Luciana Arruda
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maio de 2015
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