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Algumas décadas atrás, no Monte Kilimanjaro, no Kênia, foi
libertado um vírus, que dizimou muitos habitantes africanos e
assombrou o mundo...Apareceu do nada e repentinamente não se ouviu
mais falar dele...
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parte 1: A Gruta dos Sacrifícios
Em um certo lugar escondido da Serra dos Itatins existe uma gruta que
cheira sangue e exala ainda um odor de morte, apesar dos quase mil
anos passados após o último sacrifício macabro feito no local.
Os índios tinham medo de aparições demoníacas, iguais a dos
relatos feitos pelo alemão Hans Staden, quando descreveu os
primeiros moradores nativos de São Vicente. Mas os índios que
viviam em um pequeno flanco da Serra dos Itatins eram diferentes dos
já relatados nos livros de história e não pertenciam às etnias
conhecidas.
Era uma época de crise, onde a colheita não era boa, a caça
rareava e a pesca estava amaldiçoada por forças obscuras. Segundo
eles, demônios poderosos trouxeram cobras venenosas do espaço e as
inseriram nas quatro ilhas existentes no mar, o que impedia a pesca
farta que alimentava a tribo. Tanto no mar como no rio.
Somente após três anos de intensa pajelança, na Gruta dos
Sacrifícios, as duas ilhas próximas e mais os rios foram libertadas
da maldição. Nas ilhas mais afastadas, a maldição permaneceu e
dizem que as cobras estão lá até hoje.
Durante o período obscuro, na maldita gruta, uma virgem da tribo
teve que ser sacrificada em cada noite de lua cheia e o seu sangue
bebido por todos da tribo.
Após o sinal dos deuses de que a maldição fora atenuada, a Gruta
dos Sacrifícios foi fechada e coberta por um monte de conchas. Uma
frase, com caracteres de sangue, podia ser vista por aquele que se
aproximava do local e dizia assim. “Que a gruta seja fechada para
sempre, sob risco de libertar uma peste que fará mal aos habitantes
em um raio de cinco mil léguas...”...
Continua...
Texto e foto: Márcio Ribeiro
Obs: Trata-se de uma obra de ficção! Esta história fez parte da edição impressa de julho do Jornal Bem-Te-Vi. Leitores puderam sugerir a segunda parte e a continuação pode ser conferida na edição deste mês, nas bancas de Peruíbe.
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