Praça Matriz |
Mas é provável que o sentimento do autor de “Sampa” seja igual a dos muitos peruibenses e turistas que visitam a cidade frequentemente para passear.
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O pouco comércio que existia ficava no Centro da cidade |
Hoje, possui um comércio variado onde o visitante pode encontrar quase tudo: supermercados, lojas de roupa, restaurantes, lanchonetes, entre outros. Se o visitante passar pelo Boulevard na primavera, com certeza vai perceber as cores dos ipês-rosas plantados em quase toda a extensão do calçadão, que enfeita e colore o Centro e ainda conforta o coração daqueles que veem na natureza uma manifestação de Deus.
Na praça matriz, o busto de Geraldo Russomano, emancipador da cidade, saúda quem contempla o chafariz. Ele ainda carrega placas inaugurativas, fruto das constantes reformas, feitas ao longo dos anos. No meio da praça, uma pequena arquibancada serve de descanso para quem passeia, local ideal para levar crianças para correrem à vontade.
No torre da igreja está a imagem de São João Batista, padroeiro da cidade. Além do coreto, que correu o risco de ir abaixo na última reforma, a colônia dos pescadores preserva traços do que foi uma das primeiras escolas do município. Apesar do aspecto moderno, a ausência de árvores deixou a praça pouco aconchegante e “fria” como nos conta a dona de casa Maria Sampaio “ o que tá faltando nesta praça são as árvores. Quando eu sento no banco não sinto a privacidade e o aconchego que uma praça deve ter. No verão, não dá nem pra sentar, por conta do sol. Tem que pôr isso no jornal”.
Paróquia São João Batista |
No outro lado da Avenida, um painel, que está atrás de um outdoor e ofuscado por ele, é o último vestígio do extinto parque da Tia Letícia, dos anos 70. Mais à frente, o Núcleo da terceira idade guarda o local da primeira Câmara Municipal. O terreno onde hoje é o Chico Latim era uma quadra poliesportiva. Qualquer um podia jogar e, diariamente, crianças, jovens e adultos “rachavam” ali.
Na criação do atual espaço cultural, perdeu-se a única quadra pública do Centro de Peruíbe, já que as quadras do Parque Turístico não deram certo. Na galeria de lojas modernas, que fica no térreo do Hotel Vitória Régia, já foi o local de embarque da Breda, considerado a rodoviária da cidade em outros tempos. Nos anos 90, neste mesmo lugar, havia um imenso salão, onde era o estabelecimento da “Lurdinha”, destinado para quem gostava de forró e de tomar uma “gelada”.
Espaço Chico Latim |
A feirinha hippie era completamente diferente. A praça ficava no alto e para acessá-la era preciso percorrer uma das muitas escadarias que contornavam a praça. Na praça tinha chafariz, plantas, árvores e artesanato. Um aspecto muito original e diferente de outras praças de nossa região. Para finalizar, a praça Melvin Jones, localizado em frente ao prédio redondo, ainda guarda uma das barbatanas de Tubarão, feito de concreto, marco das inaugurações da prefeitura, citado na primeira edição do Bem-Te-Vi.
Como se pode ver, a cidade ruma para horizontes promissores. Uns lutam para mantê-la tranquila, calma e com qualidade de vida. Outros querem transformá-la em uma cidade grande, cheia de prédios e com mais oferta de empregos. Quanto ao futuro de Peruíbe, só o tempo irá dizer como será. Aos moradores e visitantes, só resta aguardar o passar dos dias...
Texto e Fotos: Márcio Ribeiro
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